*aviso à navegação: este post é longo mas certamente prazeiroso de se ler! :) *
Tenho vindo, ao longo desta semana, a fazer uma retrospectiva daquilo que foi o 1º ano lectivo do meu filho em meio escolar. Ok, ainda é somente a pré-escola, mas foi o início. O início do seu percurso escolar e que eu como todas as mães, quero que seja brilhante e principalmente que seja meio caminho para a sua realização pessoal e profissional.
Mas isso ainda está tão longe...
Para já foi uma aprendizagem para ele e para nós. Foi o sair de fininho debaixo das saias da avó e das asas da mãe.
Foi o princípio das amizades extra família... da exploração de um mundo à parte, de descoberta que só o meio escolar proporciona...
Foi a oportunidade de crescer mais um bocadinho nas experiências, nas relações com os outros e na partilha.
Não foi um ano fácil. Não foi uma adaptação fácil. Apesar dele gostar de estar na escola, da empatia com a educadora e auxiliares, havia e ainda há, um momento que lhe custa ultrapassar: a despedida na hora de chegar à escola. Começou por chorar, espernear-se, por fazer alguma chantagem, por me partir o coração, cada vez que saía da escola e o deixava naquele pranto e com aquela carinha de desespero a implorar que não o abandonasse. Só quem já passou por isto, sabe a a verdadeira sensação.
Como lidar? Não desanimar, não ceder à chantagem emocional e ter a garantia de que aquilo só acontecia naquele momento, que o resto do dia passava sem sobressaltos e com alegria na realização das tarefas e actividades.
Claro que eu saía todos os dias da escola quase de gatas a apanhar os cacos partidos do meu coração... acho que se for lá dar uma olhadela atenta no jardim, ainda por lá andam alguns...!
Claro que eu saía todos os dias da escola quase de gatas a apanhar os cacos partidos do meu coração... acho que se for lá dar uma olhadela atenta no jardim, ainda por lá andam alguns...!
Fazer o quê!?
Ser mãe também é assim! (não se importar de constantemente apanhar os cacos do coração...)
Recordo-me agora, com a devida distância e capaz de já achar piada, de um episódio que aconteceu no segundo dia de escola: ele pediu à educadora para ir à casa de banho e ela autorizou mas pediu que um amigo mais velho fosse com ele, para que não se sentisse tão "perdido". O meu miúdo, estratega por natureza, mal pôs o pézito fora da sala, correu com todas as forças até à porta principal do infantário em busca do pai e da mãe... e só parou no portão da rua, porque este é alto e não tem o puxador ao alcance de crianças desertoras! Valeu a cozinheira que estava atenta e o viu a correr desalmadamente e foi em seu socorro!
Ao fim do dia a educadora engoliu em seco e lá ganhou coragem para contar esta aventura do miúdo... Apartir deste dia nunca mais aquela porta esteve aberta!
E pronto, foi um ano de aventuras, experiências novas e acima de tudo de felicidade. Eu quero crer que apesar de ainda hoje demorar 20 minutos a despedir-se de mim ou do pai à porta, ele está num sitio onde se sente feliz e querido.
E no fim de contas, isso é o mais importante!
Ehehe gostei muito da parte do "estratega", daqui por uns anos está ele a fazer isso para ir para as borgas à noite :P
ResponderEliminarGrande A. :)
carla