O meu filho não é diferente dos outros no que toca à imaginação e criatividade. Ele sempre foi dado a histórias. Não que as invente muito mas gosta de adaptar coisas que ouve por aí...
Entretanto também vai buscar coisas sabe-se lá onde!
Ontem, no auge dos seus 6 anos teve uma reflexão daquelas que nos deixam pensativos e ao mesmo tempo "acordados" para aquilo em que os miúdos reparam, pensam e dizem.
A avó contava-me hoje pelo telefone que ontem ele se virou para ela e lhe disse: "Avó quero que vivas mil anos". A avó perguntou-lhe porquê e ele respondeu prontamente: "que gosta muito dela e não quer que ela morra." Perante isto a avó perguntou se ele gostava dela mesmo quando dá ralhetes ou fica zangada com as asneiras dele. Ele confirmou que sim. E foi à vida dele.
Quer dizer, voltou para trás e gritou:" Só não gosto muito quando discutes com o avô!"
(Olha-me este) Ela ficou indignada, obviamente, como se uma discussão fosse coisa unidireccional! Lá tentou fazê-lo perceber que mesmo as pessoas que se amam por vezes discutem e ralham umas com as outras... (bla, bla bla...)
A história podia ser só assim. Ele podia ter aprendido o sermão e pronto. Mas o meu filho tem sempre que rematar as coisas à sua maneira.
Virou-se para a avó e disse-lhe: "Pois mas a minha mãe quando discute com o meu pai, puxa-lhe sempre os cabelos!"
Eu bem que podia dissecar este assunto, mas não vale a pena. Espero que tenha a meu favor o facto do pai dele ser careca. E pronto era isto. Agora vou começar explicar-lhe o significado da palavra deserdar...
O Afonso no seu melhor! Diz lá que, às vezes, não te apetecia que o maridão tivesse cabelo para lho puxares? A verdade é que as crianças lêem os pensamentos dos adultos, simples quanto isso!
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