Há assuntos que me bloqueiam. Crianças que sofrem, doentes em camas de hospital é um deles.
No facebook somos bombardeados com imagens dessas e pedidos de likes que depois supostamente se transformam em euros para ajudar. Confesso aqui que não acredito em quase nenhuma delas. As imagens até podem ser verdadeiras mas as intenções que estão por trás, não sei.
Admito aqui desde o caso concreto do Gustavo que nunca mais consegui fazer like em nenhuma página dessas. Não consigo estar constantemente a receber notificações com fotos de miúdos e miúdas graúdos e graúdas a agonizar numa dor que parece não ter fim.
Sigo as histórias, porque elas me vão aparecendo à frente diariamente, mas prefiro ir de vez em quando espreitando as páginas para ver desenvolvimentos. Vou quando me apetece sem estar "presa" às notificações. Ajudo sempre que posso e divulgo quando me parecem verdadeiras.
Dadora já sou há muito tempo. Nos primeiros tempos depois da colheita de sangue, sonhei durante várias noites que um dia o telefone tocava e me diziam do outro lado que estavam à minha espera com urgência porque tinha uma vida para salvar. (Sempre este meu desejo secreto de querer salvar vidas.) Entretanto os sonhos foram-se esbatendo e acho que desapareceram.
Quando fui mãe pela primeira vez os sonhos voltaram mas com outra lógica. Quem precisava de ajuda era agora o meu filho. Muitas vezes o vi doente, em sonhos, a precisar de todas as pessoas que o pudessem ajudar. Estávamos em 2008 e nessa altura nem sabia o que era o facebook. Ainda bem, pois acho que seria pior.
As coisas aos poucos voltaram a normalizar e a angustia começou a desaparecer.
Quando fui mãe pela segunda vez, em Abril de 2011, voltou tudo outra vez. Está visto que comigo, pelo menos, depois de ser mãe, se apodera um medo irracional, que só não me controla porque ainda me vai valendo o meu auto-controlo emocional e me faz não descarrilar totalmente.
O problema desta vez é que ainda não foram embora.
E depois existem os Rodrigos. Onde inevitavelmente eu vejo caras de gente minha, de gente conhecida. Tormento a dobrar, é o que é.
Eu tinha quase 9 anos e perdi um irmão vitima de cancro. (O meu herói.)
Eu tinha 28 anos e de casamento marcado e perdi o meu pai 3 meses antes desse dia, também vitima de cancro.
Entretanto já tive pessoas amigas que vão passando pela minha vida e que também elas foram ou estão a ser massacradas pela doença maldita. Aperta-me o coração, como se fossem do meu sangue.
Em Maio faz um ano que perdi uma colega de trabalho também vítima desta injustiça. Foi-se uma mãe linda e maravilhosa que deixou duas crianças neste mundo, uma delas com menos de um ano de idade. Nem quero voltar a lembrar a angustia desses dias.
Agora chegou-me ao coração O RODRIGO, mais um miúdo como os meus, que não merecia a sorte que lhe calhou. Tal como não merece nenhuma criança. Nem ninguém.
Podia ser um dos meus filhos. Podia ser um dos vossos filhos.
Como é que uma mãe, como a dele, recebe a noticia de uma equipa médica que lhe diz que cá, no seu país, já nada mais pode ser feito para além de cuidados paliativos. Não dá para aceitar. Não é a ordem natural das coisas.
Mesmo aqueles que não acreditam na recuperação do pequeno Rodrigo, que me digam como se matam as esperanças desta mãe?????
Há uma possibilidade remota do Rodrigo viajar para outro país experimentar outro tratamento??? Então como se pode dizer a esta mãe que não há dinheiro para ele ir?????
Não pode. Ele tem que ir. O problema é o tempo. Corre muito depressa de mão dada com uma doença que não quer ficar para trás e parece correr mais depressa ainda. Not fare.
Mas há mais Rodrigos, e Gustavos, e Afonsos e Marias para ajudar. Ser dador é uma coisa tão simples que me confunde a inteligência. Como é possível tanta gente que vive rodeada de informação, ainda não ter dado este passo. Este simples passo.
Sejam dadores de Medula e salvem vidas. Sejam solidários com o Rodrigo e ajudem-no a viver. Quem somos nós para não permitir que se esgotem todas as possibilidades?
Espero nunca precisar de pedir para os meus filhos. Espero que nunca precisem de pedir para os vossos.
E o Rodrigo está aqui. É real. Está vivo. Conta com cada um de nós.
2, 3, 4 e todos os anos são uma festa! Os aniversários são para comemorar a vida e não para ficarmos a pensar nos anos que passam como se fosse uma coisa má.
Viver é um presente do Criador e viver feliz é um trabalho que depende em muito da nossa atitude.
Fazer do dia de aniversário dos nossos e dos que nos são queridos um dia especial é para mim uma coisa que me sabe muito bem. Claro que quando se trata dos minis ainda é mais aliciante. Pelo menos para mim!
(E confesso que estou a adorar esta coisa de fazer festas em tons de rosa!)
Sacos na Peace of Cake
Lembranças para as crianças: sacos com bolachas feitas cá em casa
Bolo de Aniversário da Pink Star Bolos
Frascos de vidro da Sanimaia e decorados cá em casa
Pregadeiras em crochet para todas as senhoras da festa feitas pelas mãos maravilhosas da Cutchi!
Latas na Sanimaia - Trofa
Pompons em papel seda feitos por mim e que deram cabo da paciência!
Mais "jarrinhas em vidro" que já foram velas!
Mais pompons home made pela módica quantia de uns trinta cêntimos cada!
Deixo os links para cada uma das marcas que aqui publiquei, não por mera publicidade, porque não ganho nada com isso (nem pretendo), mas porque não me importo nada de partilhar o que faço e onde vou buscar as ideias e onde podem comprar alguns objectos. Já disse que tudo o que é bom é para partilhar! Assim ficam respondidos os vários pedidos de informações que me foram fazendo... :)
Hoje ao fim da tarde passamos pela "boca de incêndio" que tem mesmo na entrada da escola e com a qual nos cruzamos todos os dias.
"Ó mãe o que é mesmo esta coisa?"
"É uma "boca de incêndio" que tem água para apagar um fogo se a tua escola ardesse..." (lagarto, lagarto, madeira, madeira)
"Se a minha escola ardesse?? ahhhhhhhhhhhhhh"
Naquelas milésimas de segundo olhei para ele e juro que vi uma pontinha de felicidade naquele olhar. Imagino o que ele estaria a imaginar. E não era nada de bom.
"Tu não querias que a tua escola ardesse, pois não?"
"Ummmm não. Acho que não."
(Pronto. Não me convenceu. Acho que a não adoração dele pela escola não chega a tanto. Acho.)
Já sabem como sou com as festas dos miúdos, não é? O que eu gostava de ser assim com outras coisas. Mas não consigo. É uma força que me invade. Não controlo.
Chego a pensar na futilidade da questão. Ando eu aqui a gastar energia, esforços e dinheiro numa coisa tão efémera como uma festa de aniversário. Mas que fazer? Adoro a alegria e a magia inerente a cada festa de aniversário de uma criança, especialmente dos meus filhos. E principalmente porque CELEBRAR A VIDA, pois é disso que se trata verdadeiramente, deve sempre ser o mote!
Depois de uns anos a pensar em festas para rapaz, obviamente que não vou mentir que estou completamente seduzida pelo mundo feminino destas coisas...
Preparar cada detalhe para a festa dos meus filhos dá-me alegria e motivação até para fazer as coisas banais do dia a dia. É um pouco aquela máxima de que "quando fazemos o que gostamos sentimo-nos realizados e felizes". Isto aplica-se a tudo. Até a uma simples festa de aniversário.
Há pessoas que têm imenso jeito, imensa imaginação e imensas possibilidades económicas para criar um momento mágico para essa data especial. Eu vou tendo imaginação, algum jeito, mas tento não perder a cabeça com gastos nestas coisas. Tento reaproveitar ao máximo, criar coisas que possam voltar a ser aproveitadas noutros momentos ou festas, invisto em coisas com valor sentimental e que valham verdadeiramente ser compradas, corro atrás de pechinchas e nunca uso nada que seja descartável, louças, talheres, etc, nem que implique ter que usar as louças emprestadas de familiares.
E tento imaginar um cenário que acho que os miúdos vão gostar e os vai marcar e deixar boas lembranças no futuro. Quero deixar boas memórias aos pequenos na lembrança e no coração. E espero que um dia reproduzam este investimento emocional nos pequenos deles e pela vida fora...
E faltam 11 dias!
(e já tenho algumas coisas lindas nas minhas mãos!)
Andou semanas a ameaçar, fez-nos ir ao dentista para confirmar e tudo. Mas o dia chegou! E a noite será esta. Chega a fada dos dentes pela primeira vez a nossa casa!
E agora? É melhor preparar-lhe alguma coisita pra comer? Um docinho? Se calhar deixo-lhe umas amêndoas da Páscoa, assim é solidária comigo e não me deixa engordar sozinha. Há por lá tantas ainda para aniquilar.
Desculpa lá qualquer coisinha e sê bem vinda fada!
(Ainda estava a ponderar pendurar o dente num fio de ouro e andar com ele ao pescoço... não??? Não.)
Este é um "Mãos à Obra" 2 em 1. Para além estarmos a colocar a criatividade em prática também estamos a reutilizar materiais.
Quase todos nós usamos velas aromáticas em casa. Hoje em dia grande parte delas vem em copos de vidro. O que fazem aos copos quando a vela foi toda consumida? Lixo? Reciclam? Ou reutilizam os vidros?
Deixo-vos as minhas sugestões, aquilo que faço em minha casa com os vidros das velas que uso.
Acho-o um material tão bonito e tão nobre, que me custa imenso simplesmente deitá-lo fora...
Quando uma vela chega ao fim, costumo raspar os restos de cera e lavo muito bem os copos.
Tiro-lhes rótulos e autocolantes que costumam trazer.
E depois é só puxar pela imaginação para pensar em novos fins!
Cá em casa servem para vasos exteriores de plantas na cozinha...
Dependendo da época do ano servem para colocar novas velas...
ou se conseguirem juntar vários podem ser utilizados para servir doces nas festas...
ou para usar na decoração da própria mesa, servindo de pequenas jarras...
Um sem número de ideias. Haja criatividade ou então uma simples pesquisa pela net!
Não gosto de chuva no Natal, pior ainda na Páscoa. Não rima, não combina, não casa. Páscoa é Primavera, sol, dias que ficam mais compridos, flores a desabrochar passarinhos em correrias e cantorias, é roupa mais leve, são limpezas a fundo, é arejar a casa e a alma, é passear, é plantar ou semear...
Nesta Páscoa não houve quase nada disto. Foram dias em casa, chuva sempre a cair, miúdos a precisar de correr à solta cá fora, nada de limpezas a fundo (a não ser umas poucas que fiz no meu perfil do facebook) e as plantas continuam ali todas num cantinho à espera de sair dos vasos e de passar para o jardim. E as maleitas. Eu e uma constipação. O miúdo com mais uma amigdalite. E das boas. Lá começamos um mês novo com ida ao centro de saúde e mais um antibiótico para cima do pelo. E é isto.
Valham-me os passarinhos que lá se vão ouvindo e a festa da Páscoa e o seus doces que juntaram a família à volta da mesa e do sofá!
Em Abril não quero mais águas mil, mas sim uma festa baril! :)