Todos a saboreamos mais dia menos dia. A escala da dor é pessoal e intransmissivel. A mim dói-me o que a outro não. A ele dói-lhe de forma que a mim nunca doeu. Cada um tem a sua capacidade de suportar e conviver com a dor.
Dor de dentes. Dor de cabeça. Dor de barriga. Dor de costas. Dor de pernas. Dor de cotovelo. Dor de de parto. Dor de amor. Dor de perder uma mãe. Dor de perder um filho.
Quando dizemos muitas vezes esta palavra ela parece que deixa de fazer sentido. Parece que se lhe perde o significado. Passa a ficar estranha. Quase que fica vazia. Quase. Porque depois dói. E volta a ter peso. Volta a ser e volta a acontecer dor.
Dissertar sobre os sentimentos ajuda a percebe-los e a interiorizá-los. (Se bem que num dia simplista eu diria apenas que os sentimentos se sentem e ponto.)
E a dor? A dor dói e ponto também. Cada uma à sua maneira. Cada uma se apodera da sua pessoa e usa-a da forma que a deixarem. Sacana. Necessária.
Há dores que vão à boleia na nossa vida por tempo indeterminado. É dificil (impossivel) dar-lhes ordem de despejo.
Alguém que me explique como se vive depois da perda de um filho.
Não quero explicações do senso comum. Não quero que me digam que a amiga da amiga passou pela dor e sobreviveu. Não quero que me digam que tudo passa. Isso já sei. Quero a verdade. Somente a verdade.
Não quero sentir. Não quero dor. Quero uma explicação só.
Este tema vomita todos os dias do meu pensamento e todos os dias tento fugir dele. Hoje não consegui mais.
(Para a Maria, que partiu e para os seus pais e irmão que ficaram com a dor de a ver partir.)
Às vezes é preciso contar até 10, 20, 100. O medo de avançar, a falta de coragem para determinados passos ou simplesmente não querer sair da zona de conforto faz com que se aguente, aguente, aguente... Há quem viva. Há quem sobreviva. Há quem aguente. Até um dia. Para já vai-se enchendo o peito de ar e avançando. Sempre a mesma fórmula, mas um dia a química muda.
Estou de férias. Faço sempre mil planos para esta semana e normalmente não consigo cumprir nenhum. Mas este ano surpreendi-me! Superei-me ao fim de dois dias de férias!
Ontem tinha planeado um dia de gata borralheira em casa da minha mãe e cumpri!
Hoje tinha planeada uma ida à Baixa, uma compra numa loja de bricolage para fazer um favor à minha irmã, uma passagem pela praia para recarregar baterias e uma ida à IKEA para comprar a única coisa que vou renovar na decoração de Natal este ano - o centro de mesa (mais nada, está decidido).
Graças à encarnação de gata borralheira e ter andado escada acima, escada abaixo a limpar os azulejos da cozinha e a despejar e limpar os móveis da louça, estou partidinha desde os ossos da cabeça aos ossos dos pés, irra... foi dose, mas cumpri! Fazia parte do meu presente de aniversário para ela! :)
Hoje, foi um dia por minha conta. Adoro a Baixa do Porto. Foi uma agradável visita debaixo de um sol de S. Martinho atrasado! Maravilhoso!
Finalmente meti os pés na Vida Portuguesa e apesar do espaço fantástico que ocupam (eu adoro edifícios antigos) e das marcas que ainda persistem, não fiquei satisfeita com os preços nem propriamente com o atendimento... ninguém foi mal educado ou antipático comigo, mas saí de lá com a sensação de nem ter visto os olhos, nem ter ouvido a voz de quem me atendeu. Foi uma cara que não fixei. E sinceramente não gosto disso.
Aproveitei e entrei rapidamente na Lello, confesso que nunca lá tinha ido. Pronto, lá fiquei eu de boca aberta e especada a olhar para aquelas paredes, para o tecto e para a famosa escadaria! (Já disse que gosto de edifícios antigos??) E o cúmulo?? É PROIBIDO FOTOGRAFAR A ARQUITECTURA DA LOJA!!!!? Alguém que me justifique isto com um argumento muito científico porque eu ainda assim não acredito! Os turistas surgiam em catadupa de mapa e roteiro na mão e chegados lá, não os deixavam registar o momento??? Inacreditável! Eu ainda passei os olhos pela secção de poesia, que era o que me apetecia trazer de lá, mas como forma de protesto não o fiz! :( Escusado será dizer que não resisti e roubei uma miserável foto com o telemóvel em silêncio para não me denunciar. (já sei, já sei, vou arder no inferno!)
Felizmente, para compensar eis que fui lá para os lados da Escola da Árvore e do Passeio das Virtudes conhecer ao vivo e a cores a Maria Sardinha! O espaço é pequenino mas acolhedor, faltam ainda alguns pormenores que estão a ser providenciados, como é o caso do reclame na frente da loja... Hoje foi uma visita de médico apenas para conhecer os produtos, que por acaso, até estavam desfalcados nas prateleiras, tal foi o sucesso da inauguração! Recomendo. Tem preços apetecíveis e nada escandalosos para a relação qualidade/preço/criatividade. Mas o melhor de tudo: a simpatia, os olhos brilhantes e o sorriso rasgado de quem nos recebe!! São pormenores que fazem a diferença. Obrigada pela atenção, Maria Sardinha! A sorte, essa, já desejei em carne e osso! ;)
Ficou a faltar a ida à Equador, mas essa vai ficar para mais perto do Natal!
A nostalgia às vezes apodera-se de mim. Hoje tenho como propósito ir em busca dos meus brinquedos sobreviventes de infância.
Tenho uma vontade imensa de os redescobrir e espero encontrar pelo menos um ou dois em bom estado....
Andei a pesquisar na net e encontrei-os de novo à venda a preços surreais! Eram brinquedos tão baratos e simples, daqueles que se encontravam em qualquer feira, e hoje são peças que só se encontram em lojas como a Vida Portuguesa, por exemplo!
Hoje, não falava. Gritava. Muito e muito alto. A voz da alma que me está aqui dentro amarrada e acorrentada e com pesos de chumbo a impedi-la de vir à tona.
Já demorava a tipica miscelânea de sentimentos. Eu sou assim. Não dá para fugir. Haverá sempre um turbilhão dentro de mim. No coração, na alma, nas palavras.
Viver assim às vezes é bom. Viver assim às vezes cansa. Muito.
Sigla que quer dizer: Desfibrilhação Automática Externa
Para mim era um bicho de sete cabeças. Mas na realidade é bem mais simples do que imaginava.
Pratiquei e fui avaliada com um aparelho igualzinho a este. É sempre bom aprender!
Pensar que está ao meu alcance a possibilidade de aumentar as hipóteses de alguém se safar numa situação de paragem cárdio-respiratória, sabe muito bem, confesso...
(mas no fundo, no fundo espero nunca precisar de usar)
Foi a Feira de S. Martinho do Infantário do meu filho. Nada contra as Instituições privadas com fins lucrativos, mas no que toca a trabalhar para angariar fundos, promover as actividades e envolver a comunidade nas mesmas, só mesmo as IPSS. Elas lutam todos os dias para manter o bom funcionamento da sua instituição. Dão o litro, vestem a camisola. Verdadeiramente. E depois é bom ver os resultados. É bom ver a adesão e colaboração dos pais, das famílias e da comunidade em geral.
Gosto de ver coisas a funcionar bem! E esta instituição está mais uma vez de parabéns! Elas vão à luta e conseguem mexer e pôr tudo a mexer!
Pela primeira vez participei assim de uma forma mais intensa. Fui vendedora de produtos hortícolas na feirinha realizada no Adro da Igreja. Vestida a rigor e a encarnar a personagem!
De tal forma, que a certa altura enquanto atendia uma cliente aconteceu-me isto:
"Cliente: Ó menina vou levar estas batatas e duas pencas... Eu: Sim senhora, vou já pôr no saco. Cliente: Olhe lá, aquelas abóboras também são suas, ou são da outra? (A "outra" era uma mãe que tal como eu estava naquele "posto") É que se forem suas também levo! Eu: (Meia parva e com enorme vontade de me descascar a rir) Sim, são minhas, quantas quer? Cliente: Levo uma das grandes e se calhar também vou comprar alguma coisa à outra moça para ela não ficar chateada... Eu: (Não resisti e lá lhe disse a verdade!) Ó senhora pode ir que a patroa é a mesma! Cliente: Ahhhh já podia ter dito!!! Então pronto, ninguém fica chorar!!!"
Fico feliz sempre que vejo projectos novos e empreendedores a acontecer. Apesar da crise instalada há sempre gente com novas ideias e a tentar dar a volta por cima.
Este projecto que aqui trago é muito a minha cara. Gosto destas coisas e de tudo o que valoriza o que é nosso, o que é Nacional.
Espero que o sucesso se instale aqui! Espero que apesar da tradição, saibam inovar e consigam sempre proporcionar motivos de interesse para criarem uma boa lista de clientes e de pessoas interessadas em fomentar o comércio local e manter vivas as marcas portuguesas.
Ideias assim precisam-se. Boa sorte, Maria Sardinha!!!
(roubei descaradamente algumas das fotos que para já só existem na página do facebook!)
Desde sexta feira que os meus filhos apresentavam estes sintomas, mas como eram pouco visíveis e eu não valorizei, nem sequer os mostrei ao médico. Logo, o diagnóstico foi apenas para estomatite aftosa, pois isso associado a um estado febril, no miúdo, era o que mais preocupava.
Ontem quando chegou a casa, vindo da avó, os sintomas estavam mais evidenciados e não deixaram margem para dúvidas. Fui pesquisar e lá está! Mais um bicho que desconhecia!
O A. tem pequenas bolhas nas mãos, pés e à volta da boca e claro imensas aftas na boca e garganta. A M. I. só tem as ditas bolhas na zona das nádegas e as aftas na boca e garganta.
Deixo aqui algumas fotos, que embora não sejam dos meus filhos, são exactamente iguais aos sintomas que eles têm.
E pronto, qualquer dia temos mais bichos em casa, do que o Zoo!!