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domingo, 29 de dezembro de 2013

Music in my Head XXVII

O ano a terminar e eu apercebo-me que a música me tem faltado. Não é possível. Vamos lá. A última de 2013:





Counting Stars

Lately, I've been, I've been losing sleep
Dreaming about the things that we could be
But, baby, I've been, I've been praying hard
Said, no more counting dollars
We'll be counting stars, yeah we'll be counting stars

I see this life like a swinging vine
Swing my heart across the line
And my face is flashing signs
Seek it out and you shall find
Old, but I'm not that old
Young, but I'm not that bold
I don't think the world is sold
I'm just doing what we're told
I feel something so right
Doing the wrong thing
I feel something so wrong
Doing the right thing
I could lie, coudn't I, could lie
Everything that kills me makes me feel alive

Lately, I've been, I've been losing sleep
Dreaming about the things that we could be
But, baby, I've been, I've been praying hard
Said, no more counting dollars
We'll be counting stars

Lately, I've been, I've been losing sleep
Dreaming about the things that we could be
But, baby, I've been, I've been praying hard
Said, no more counting dollars
We'll be, we'll be counting stars

I feel the love and I feel it burn
Down this river, every turn
Hope is a four-letter word
Make that money, watch it burn
Old, but I'm not that old
Young, but I'm not that bold
I don't think the world is sold
I'm just doing what we're told
I feel something so wrong
Doing the right thing
I could lie, could lie, could lie
Everything that drowns me makes me wanna fly

Lately, I've been, I've been losing sleep
Dreaming about the things that we could be
But, baby, I've been, I've been praying hard
Said, no more counting dollars
We'll be counting stars

Lately, I've been, I've been losing sleep
Dreaming about the things that we could be
But, baby, I've been, I've been praying hard
Said, no more counting dollars
We'll be, we'll be counting stars

Take that money
Watch it burn
Sink in the river
The lessons are learnt

Take that money
Watch it burn
Sink in the river
The lessons are learnt

Take that money
Watch it burn
Sink in the river
The lessons are learnt

Take that money
Watch it burn
Sink in the river
The lessons are learnt

Everything that kills me makes feel alive

Lately, I've been, I've been losing sleep
Dreaming about the things that we could be
But, baby, I've been, I've been praying hard
Said, no more counting dollars
We'll be counting stars

Lately, I've been, I've been losing sleep
Dreaming about the things that we could be
But, baby, I've been, I've been praying hard
Said, no more counting dollars
We'll be, we'll be, counting stars

Take that money
Watch it burn
Sink in the river
The lessons are learnt

Take that money
Watch it burn
Sink in the river
The lessons are learnt

Take that money
Watch it burn
Sink in the river
The lessons are learnt

Take that money
Watch it burn
Sink in the river
The lessons are learnt

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Uma mãe em decadência...

É como me sinto. Este ano lectivo tem sido completamente anormal no que toca ao meu comportamento como mãe. Eu esqueço-me de datas, de horários, de actividades, de fazer bolos, de mudar a roupa da mochila, de mandar atempadamente o que pedem... bem, uma vergonha.

Hoje é a Festa de Natal do miúdo. Parte da roupa que era precisa para uma das peças só seguiu hoje, ao contrário do que tinha sido pedido.

E depois vem aquela parte em que todas as mães choram baba e ranho ao ver as crias a atuar em cima do palco. Confesso. Nunca chorei. Nunca. Hoje o meu filho será a personagem principal na peça de teatro. Decorou um texto praticamente todo em rima cruzada, mesmo sem saber ler uma única palavra. E eu? Não chorei nem vou chorar quando o vir dizer tudo o que ensaiou. Sou uma insensível, nestas coisas dos filhos.
 
Sei que vou ficar orgulhosa, a vibrar e com o coração cheio, mas não vou chorar. Ainda estou a digerir esta capacidade que os miúdos (no caso o meu) têm para fazer estas coisas. Acho que nunca fui assim, mesmo em miúda.
 
O meu filho vai ser o Lobo Mau Xau Xau que apenas sonhava ser o Lobo Bom e chamar-se Pom Pom.
 
E eu vou estar lá para o ver a brilhar e a acenar do palco, como de costume. Ele tem esta costela de "insensível" da minha parte. Não é criança para desatar a chorar ou a fugir do palco quando vê a mãe ou o pai na plateia. Pelo contrário. Sorri-me com aquele olhar cúmplice próprio de quem sabe que está a ser observado e super orgulhoso do que vai fazer. That´s my boy.
 
É a primeira vez que tem um papel principal, mas em momento algum ele agiu como vedeta. That´s my boy, too. Essa costela também é minha, pronto.
 
O meu pequeno que entrou naquela escola ainda com cara de bebé, hoje é um rapazinho crescido com quase 6 anos e a quem fez muito bem tudo o que lhe aconteceu na escola.
 
Cresceu em todos os sentidos e realmente isto deixa-me a pensar como o tempo corre.
 
Eles mudam, aprendem, adaptam-se, convivem, evoluem, socializam. É toda uma vida a acontecer e eu a ver. E ainda bem.
 
 
 
 
 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

48h o tanas.

Não me venham mais com essa história de que porreiro era se os dias tivessem 48h e se os meses tivessem mais uma semaninha é que dava jeito!
 
Eu sou preguiçosa, ok? Não sou sempre, mas sou muitas vezes. No Inverno ainda mais.
 
Às pessoas proactivas e super produtivas deixo aqui o meu pedido de desculpas, vocês não merecem, mas para que quero EU um dia com mais horas e um mês com mais dias, se chego ao dia 15 de todos os meses e a minha conta bancária fica depenada e a palavra amealhar há muito que deixou de se ouvir por estes lados.
 
Não sou funcionária pública mas também eu não recebi os sacaninhas do subsídios. Nem de férias nem de Natal. E o pior, é que não há previsões.
 
Eu sou daquelas pessoas que se aproveitava desses sacaninhas de subsídios para compor as finanças pessoais.
 
Havia sempre alguns extras que se faziam com esses ditos. Sacaninhas. Já nem falo de extras supérfluos. Como ir na Ryanair a Barcelona, ou remodelar o quarto de passar a ferro. Também queria muito arranjar o jardim a sério. E que bem que eu me ia dar com aquelas botas da DKNY, que parecem mexer-se sempre que as olho n montra. E o telemóvel? Iphone what? Só conheço o "E.T. phone home", serve?
 
Pois.
 
Este mês é Natal. Este mês tenho o seguro do carro para pagar. Este mês gostava de poder arranjar o exaustor da cozinha que só tem dois botões a funcionar.
 
E depois tenho dois filhos que crescem todos os dias. E a roupa e calçado não esticam com eles.
 
Presentes de Natal já só vão para as crianças e os familiares mais próximos mesmo.
 
Os presentes dos adultos são mesmo lembranças ou então alguma coisa mais pratica e que esteja a dar jeito na altura.
Os miúdos recebem sempre um ou outro brinquedo que pediram na carta ao senhor das barbas, mas optamos sempre por comprar brinquedos que sejam de qualidade e possam ir resistindo ao longo dos tempos... tarefa difícil, pois todos sabem como são os brinquedos de hoje em dia, autodestroem-se em 5 minutos.
 
Eu sei que estou a deixar o meu lado mais consumista apoderar-se de mim... mas a verdade é que o sacana do dinheiro faz falta, deixa-nos dependentes dele para quase tudo e depois dá nisto. Sofre-se de síndrome de abstinência.
 
 
Queria aproveitar para lembrar a minha amiga Teresa, que está a contar os dias, horas, minutos e segundos para o dia 14. A sua metade da laranja vem lá do outro lado do mundo e para eles tenho a certeza de que os dias nesta fase, podiam ter apenas metade do tempo!
 
 
 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Alerta xixi!

O desfralde da miúda teve um importante aliado - o irmão.

Desde que ela começou a pedir para fazer xixi, que o irmão ajuda na tarefa.

Sua alteza real, a princesa, quando queria fazer xixi, pedia, mas em tom baixo e suave e quando alguém se apercebia, já só chegava a tempo de ver a poça a encher!!!

Se estivesse a brincar ou por perto do irmão, bastava dizer "a xixi" e o alarme soava de imediato: ALERTA XIXI, ALERTA XIXI, ALERTA XIXI, gritado alto e a bons pulmões pelo irmão.

Estivéssemos nós os adultos em que sitio da casa fosse, lá percebíamos a mensagem: é mesmo um alerta e é para correr com toda a genica.

Ainda agora se houve "Alerta xixi", mas já é dito pela própria e sinceramente acho-lhe uma piada daquelas!

A minha casa por vezes parece uma ala do Magalhães Lemos.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Férias?

Sim, tenho uns dias de férias esta semana. Hoje foi um corre-corre entre burocracias. Filas e mais filas em serviços públicos.

Ganhei uma dor de cabeça daquelas mas valeu a pena, porque a causa é boa. Há sonhos a ganhar forma.

Tive direito a uma sesta forçada na hora do jantar, sem luz e sem barulho (ahahah) para ver se a desgraçada se ia sem ter que recorrer aos comprimidos. Antes ainda tomei um café. Sim, eu que DETESTO café. 10 colheres de açúcar e lá foi.

A fome chegou tarde, mas veio, o sono é que parece não querer vir, por isso, é meia noite e pouco e acabei de jantar: uma omolete mista no meio de um pão. Soube-me pela vida. Espero que o meu estômago se porte bem e não se faça de esquisito. Quer dizer... eu ainda lhe adocei o bico... é que foi preciso terminar com a última fatia de uma tal de pavlova que habitava o meu frigorífico. 
Foi-se. Já era. No silêncio da noite, soube ainda melhor...

E o café devia ser potente, estou aqui com pica para uma noitada.

domingo, 24 de novembro de 2013

Mais um ano, mais uma volta aos sonhos.

36 anos. Ainda há pouco tempo eu tinha bem menos e imaginava como seria quando tivesse 30! Parecia tudo tão distante. Tão difícil de alcançar, tão longe de concretizar. A alegria da juventude aliada à curiosidade de saber o que me traria o futuro, sempre foram uma alavanca, um motor impulsionador. 

Entretanto o tempo passou. A vida correu. Os momentos aconteceram. Um bocadinho de tudo porque isso é o que nos ajuda a crescer. Isso é que nos torna fortes e capazes de continuar o caminho.

Ontem foi o meu 36º aniversário. A minha mãe fez 72. Alcancei a idade que ela tinha quando me teve. Calhei-lhe em sorte de presente de aniversário. Um orgulho, confesso. Ter nascido no seu aniversário e tê-la como mãe.

Em cada ano que comemoro, sinto uma esperança renovada nas minhas capacidades. Este ano um bocadinho mais. Há planos mais audazes, metas a atingir e sonhos para realizar com mais certezas.

Mais um ano que começa e que me impele a pedir por saúde para mim e para os meus. E para os amigos que me acompanham em cada percurso que faço. 

A minha lista era esta. Disse que ia fazer uma lista de presentes mas não cheguei a escreve-la. 

Este ano era a mais fácil e simples de todos os anos: Saúde e a presença dos meus. 

Que seja assim todo o ano novo que agora começa e se possível, sempre.











segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A vida tal como a sonhamos.

Em crianças sonhamos com o dia em que vamos ser crescidos e podemos fazer e acontecer. Sonhamos com uma profissão, com uma casa, com filhos, com um carro, com amizades de uma vida inteira, com um grande amor...

Conquistamos alguns, outros não. A piada está mesmo aí. Ir conquistando. Aos poucos. Dia após dia, ano após ano.

A mim sabe-me pela vida olha para trás e ver o caminho que já fiz. Planos? Muitos. Sonhos? Ainda mais.

A vida encarrega-se de ir fazendo os ajustes. De ir limando arestas e suavizando as curvas. As pedras também lá estão. Às vezes, pontapeiam-se outras vezes contornam-se, outras ainda juntam-se para o que for preciso.

Os sonhos inflamam as nossas vontades, a nossa coragem.

Sonhar dá-nos livre trânsito para ser, fazer e acontecer.  Haja vontade e Fé.


Follow your dreams #words

sábado, 9 de novembro de 2013

A história por trás de uma gastrite.

O raio de uma maleita que me deixou K.O. 

Depois de uma semana e meia super constipada e que fez tomar quase duas caixas de um antigripal, as melhoras chegaram e eu comemorei comendo uma cachorro com molho de francesinha. Big mistake. O meu estômago estava super sensivel e não aguentou a dose.

O meu estado de ansiedade também não colaborou, foi uma semana de algumas decisões e nervoso miudinho e isso também ajudou à festa.

Quinta-feira tive o meu pior dia. Para além das dores de estômago  vieram umas dores de cabeça assim para lá de loucas que me deixaram de rastos. Obviamente não podia tomar nada para aliviá-las por causa da gastrite. Foi chegar a casa, vestir o pijama, enfiar-me na cama e no escuro do quarto, com a minha Lisa a aquecer-me os pés e deixar que o sono tratasse do resto.

Correu-me bem. Não voltei a ter dores até ontem depois do almoço. Deixei a minha colega V. sozinha entregue à bicharada no gabinete (no Natal compenso-te) e voei com o objectivo de ir ao Centro de Saúde. Já sabia que a minha médica só tinha trabalhado de manhã, por isso teria que me sujeitar a uma vaga (ou não) no médico de recurso.

Pelo caminho decidi (erradamente) que esperar, por esperar, mais valia ir logo ao hospital pois lá teria acesso a exames e a uma consulta mais especializada. 

Mas o meu Karma é poderoso e eu devia ser a única alma neste país que não se lembrou da greve. 

Quando lá cheguei e depois de fazer a minha inscrição é que me apercebi do que me esperava.

Quando fui vista pela enfermeira da triagem estava desesperada com dores e isso até foi bom porque assim ignorei o ar de trombas com que fui atendida. Mais valia a senhora enfermeira ter feito greve. 

Levei uma pulseira verde e aí quase desatei a chorar. 

Atrás de mim veio uma senhora cigana cujo marido já tinha feito algum barulho na entrada e que também ela ostentava pulseira verde. (Olhem desculpem ter mencionado o facto da senhora ser cigana mas a minha fúria não me deixa ser racional)

Lá dentro na espera para o médico estava instalada a confusão. Sala cheia, quente com todas as cadeiras ocupadas e gente de pé a esperar e a desesperar como se quer.

As pessoas eram chamadas às pinguinhas daquelas bem pequenas. Às tantas a revolta começa a instalar-se e começo a perceber pelo discurso de algumas pessoas que ainda estava lá gente que entrou da parte da manhã. Whatiii? 

À medida que o tempo passa a minha dor também se foi. Às tantas eu já só pensava no que estava ali a fazer, a lembrar-me que não tinha sopa para o jantar dos miúdos e só os 20€ da taxa moderadora ainda me agarravam à cadeira de que entretanto me apoderei.

A senhora cigana foi chamada primeiro do que eu e do que outras pulseiras verdes que lá estavam. Estão a ver a serenidade que se instalou, certo?

Reclamações, vozes alteradas e descontentes. E pessoas realmente a precisar de ser atendidas como era o caso da minha companheira de cadeira, uma senhora brasileira já de idade, que chorou o tempo todo com uma dor na coluna e que dizia baixinho que já não aguentava mais. 

O pico alto foi quando uma jovem saiu do gabinete médico, já atendida e se dirigiu à enfermeira da triagem e lhe agradeceu pelas 2 horas de espera que passou. Gritou-lhe "que o médico lá dentro mandou-me vir aqui dizer-lhe que uma asmática não pode estar tanto tempo à espera para ser atendida!"

Eu bem disse que era melhor a enfermeira ter feito greve.

Para mim chegou. A minha dor não voltou e pouco antes das 18h desertei. Cedi o meu lugar e fui pagar a conta. Os 20.60€ que mais me custaram esbanjar nos últimos tempos.

Corri para o hipermercado, fiz as compras e corri novamente para casa para fazer o jantar e a sopa.

É que até para estar doente uma mãe precisa de tempo e condições.

O que é certo é que a dor só voltou hoje ligeira e fácil de suportar após o almoço. Acho que estou a melhorar, continuamos na dieta e com o omeprazol e torcemos para que seja rápido. 

Este São Martinho fica em standby até um dia destes. Há coisas piores, certo?

[Um muito obrigada a todos e a todas que me encheram de mimos, sim?]


Foto: Dia de greve. Isto vai dar pra tarde. Vamos ver se nao desisto antes...

domingo, 3 de novembro de 2013

Halloween encerrado e agora venha o Natal!

Hoje para encerrar o tema "Halloween" fez-se Mousse de Oreos com minhocas a passear! Nem é preciso dizer que eles adoraram, não é? 

Aprendi coisas fantásticas e vi ideias maravilhosas, neste grupo. Foi ele o culpado deste meu entusiasmo pelas comemorações deste dia. E quem "lucrou" com isto? Os miúdos claro. Acima de tudo foi muito divertido.





Uma coisa é certa: Para o ano há mais!

sábado, 2 de novembro de 2013

Faltam 20 dias!

Normalmente na véspera do meu aniversário fazemos cá em casa a Árvore de Natal. Pelos vistos já tenho um seguidor à altura. O miúdo começou hoje a pedir para montarmos o Pinheiro. 

Fazer o quê? Quem sai aos seus...!

Lá se mentalizou que ainda temos a casa decorada de Halloween e o Natal vai ter que esperar!

[Mas eu confesso que por mim também já tratávamos desse assunto]






quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Halloween e a bruxa que há em mim...

Nunca liguei a este tema a não ser nas aulas de inglês nos tempos de escola secundária, porque lá se faziam umas actividades para comemorar. Obviamente que quando se tem filhos as coisas mudam e esta é mais uma delas!
 
Por isso, ontem começamos as comemorações lá por casa. Já se decoraram alguns espaços, fizeram-se bolachas para o miúdo levar para a escola e lá foi ele todo contente mascarado de esqueleto.
 
A irmã será uma diabinha se o fato ainda lhe servir, caso contrário encarnará uma pequena aprendiz de bruxa.
 
Não fosse a formação que tenho até às 22.30 hoje, também libertava a bruxa-mãe que há em mim... a ver vamos.
 












domingo, 20 de outubro de 2013

Afinal a chuva não veio e nós agradecemos!

Um fim de semana mais calmo, com mais tempo para mim e para as minhas coisas. Crianças que dormiram sestas longas. Almoços e jantares em sítios agradáveis e especiais. 

Passeios a pé. Paisagens de cortar a respiração. É o nosso Porto e os seus recantos.


Claro que quando é assim o tempo voa.











Boa Semana!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Colapsando.

Cada dia que passa lá se vai mais um bocadinho da minha sanidade mental.

A energia vai falhando, as coisas vão ficando por fazer. Por dizer ou por perguntar.

Cada vez sou (só) mais mãe em vez de mulher. Cada vez sou (só) mais mãe/empregada em vez de mulher, assim é que é. E o problema é que isso definitivamente não faz de mim melhor mãe. Pelo contrário. E eu nunca quis apenas isso para mim.

O cansaço, a rotina, as surpresas que vão surgindo e que nem sempre são as melhores, o desânimo e desmotivação com o trabalho, a desilusão com as pessoas que nos rodeiam....

A inércia instalada tem um poder sobre mim cada vez maior e isso não me deixa conformada mas também não me instiga. É uma chatice pegada ser assim.

É terrível ter plena consciência dos nossos problemas, saber exatamente o que devemos fazer e os caminhos que devemos seguir, mas depois não conseguimos. Não mexemos uma palha para mudar.

Poderia voltar a referir a velha máxima do "sair da zona de conforto" e justificar-me com isso. Mas não. Nem isso é. Vontade de sair dessa zona protegida eu tenho, mas o que será afinal que me limita os movimentos, as decisões, as resoluções? Ai a porra. Que depois só me apetece dizer palavrões para exorcizar esta minha angustia.

Se há uns anos me dissessem que me tornaria nisto, eu ria-me bem alto lá de cima da confiança que tinha na minha pessoa. Não falo daquela confiança suprema de que algumas pessoas padecem, que as torna seres insuportáveis e que se julgam acima de tudo e todos.

A minha confiança sempre foi uma confiança de pés assentes na terra. Uma confiança consciente de defeitos e virtudes e das capacidades que tinha para mudar ou para fazer acontecer. Fosse comigo ou com os outros.

Não sei. Se calhar já comia algo doce e reconfortante para ver se estes pensamentos do demónio me largam.

Antes que colapse por falta de açúcar ou mesmo por insanidade pura.


[O que eu admiro essas seitas do "coaching para tudo e mais alguma coisa". E invejo. Porque sei que ajudam, mas nem assim me movo.]

Olha porra outra vez.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Vitória, Vitória mais da tua história!

A nossa pequenita foi uns dias de férias para casa de uns amigos. A Mia, a gata dessa casa que está habituada a ser filha única também não gostou muito da hóspede. Mas ela foi muito bem tratada e a mim deu-me muito jeito esta ajuda de quase uma semana. Obrigada Vera.

Hoje quando fui buscá-la, pareceu-me maior e mais despachada. Está um doce e a ficar com um pêlo muito bonito.

Fomos as primeiras a chegar a casa e estava a Lisa à nossa espera. Lá esteve em silêncio a cheirá-la e a rondar a cesta. Bufou-lhe uma vez e depois sempre que podia lambia-a!

Entretanto fui fazer o jantar e ia espreitando para ver se estava tudo bem. E esteve até ao momento em que deixei de ver a Vitória...

Corri e encontrei-as neste preparos... confesso que não sei se a Vitória estava a gostar. Já a Lisa parece-me ter adorado...





Drama Queen.

Então e hoje que é o dia da Saúde Mental? A minha já viu melhores dias.

Sou louca todos os dias. Faço por isso. Dá muito trabalho. Mas há dias em que não consigo. Porto-me como gente normal. Um seca.

E depois ando aí pelos cantos. Sinto falta da minha loucura. Da minha bipolaridade saudável. (amiguinhas da psicologia livrem-se de vir dizer que as minhas teorias não existem)

Por isso às vezes também me armo em drama queen e sofro com o que não devia.

A loucura não é fácil, que julgam? 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Nós.

Tivesse eu o dom de te escutar. Tivesse eu o dom de te amar. Assim sem amarras. Sem medos. Se eu fosse o vento corria livre pelo teu respirar. Sugavas-me. Respiravas-me e eu deixava. 

Vejo-te mas não te sinto. Ouço-te mas não te reconheço o timbre. A tua voz sai macia, lenta e recorda-me um embalo.

O embalo do teu abraço quente. As mãos que já me arrepiaram e me afagaram. As mãos que me afastaram os cabelos do rosto e me deixaram ver-te.

Ver o reflexo dos meus olhos nos teus. E esquecer o mundo. Para lá do nosso olhar cúmplice o mundo roda [a correr]. Mas aqui, no meio dos nossos colos quentes e entrelaçados, o tempo e o mundo abrandam só para nos deixarem aproveitar a fugacidade desse momento.

Nós que sempre fomos um do outro, mas nem sempre soubemos.

  

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Vitória, Vitória começou a história.

A "nossa" Vitória está óptima. Linda, branca, bolinha de pelo e com olhinhos que já aparentam ser azuis. Já lambe as patas, já faz ronrom, já nos segue com o olhar e é muito curiosa.

A Lisa ainda não se deixou convencer. Deixa-nos tristes e apreensivos. A veterinária diz que mais dia menos dia o instinto maternal dela vem ao de cima. Eu acho que já passou uma eternidade e não vejo grandes mudanças, para além de já se chegar mais perto para a cheirar.

Os dias não têm sido fáceis. As minhas rotinas diárias já de si são complicadas, com kilometros para trás e para a frente. Agora inevitavelmente tenho que dar mais algumas voltas porque para além de deixar miúdos na escola e na avó, é preciso também deixar a bichana na casa da "ama". Continua a ser preciso acordar de noite para lhe dar o biberão e isso confesso é a parte pior. Voltar a essa experiência não estava nos meus planos.

Não é suposto um animal precisar dos humanos nesta fase. Dependeria da mãe e aprenderia com ela e com a restante ninhada tudo o que precisa para ser uma gata e comportar-se como tal. Certamente pelo facto da vida dela ter tomado um rumo diferente ela também será uma gatinha diferente... mas para isso ainda temos que esperar.

Confesso que tenho andado numa ansiedade tremenda. Mais um animal em casa não estava nos nossos planos. A chegada da Lisa foi por volta desta altura, mas do ano passado, já foi um grande acontecimento e uma atitude mais que pensada. A Lisa não foi comprada, nem foi uma gatinha que veio bebé cá para casa como a Vitória. A Lisa foi adoptada já crescida e isto fez toda a diferença. Cada animal que chega a uma família tem que ser devidamente planeado e deve ter-se em conta as características, as condições, a disponibilidade e o amor que existe para ele. A Lisa corresponde na perfeição às características da nossa.

[Nem vou falar no abandono de animais. Nem vou falar da inconsciência dos donos de animais que não cumprem regras básicas como por exemplo a vacinação, o uso de açaimes, a colocação de chips e a esterilização dos animais. Esta última, por ser realmente a mais dispendiosa de todas, faz com que as pessoas facilitem e depois temos um descontrolo total na reprodução dos animais. As pessoas esquecem-se que quando uma gata ou uma cadela, por exemplo, fica grávida, não vai ter apenas uma cria, mas sim uma ninhada. Logo o problema vai aumentando exponencialmente .]

A Vitória veio numa altura complicada. Numa altura em que eu tinha planos para outras coisas. Numa altura em que cada um de nós cá em casa ia começar novos projectos. Sem dúvida que tendo em conta a dependência dela por nós (por mim, essencialmente) vamos ter que adiar algumas. 

Sim é só uma gata vadia. Mas não foi uma gata vadia qualquer. Lutou pela sua sobrevivência e eu não consegui não ajudar. Agora o futuro é um dia de cada vez. 

E o nome dela? Só podia ter sido este!

[Obrigada à Ana, à Xana e à minha sobrinha por me ajudarem. Foram e são preciosas!)