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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Nós - Seres Humanos

Mas isto agora vai ser assim? Esta últimas semanas têm sido com cada desilusão....
Hoje foi mais uma. Eu quero enquanto técnica, continuar a acreditar nas pessoas e nas suas capacidades pessoais, força ou motivação para serem os principais agentes de mudança na sua própria vida. Irra. Que tá dificil. Costumo ficar incrédula com a frieza de algumas e alguns colegas de profissão quando o/as vejo lidar com alguns casos que têm em mãos. Digo e repito vezes sem conta para mim mesma, de que não sou assim, não posso ser assim.
Somos todos iguais.
 Somos todos Seres Humanos.
Tento respeitar a individualidade de cada pessoa que tenho "em mãos", tento perceber as diferentes formas de vida, as diferentes prespectivas, as diferentes escolhas que cada um toma. Nem sempre é fácil. Não gosto nem quero que os meus utentes sejam tratados como se de uma manada se tratasse.
Mas confesso que não é fácil. Não está a ser fácil para mim. A experiência, os anos de trabalho, o lidar com pessoas no dia a dia torna-nos mais fortes, mais ágeis, mais eficientes, mais capazes de lidar com determinadas situações. Eu já me vou sentindo assim. Mas depois vem um e outro que desiludem. Que erram em coisas básicas da vida, nas escolhas que fazem. Prejudicam-se a eles e prejudicam os outros indirectamente, pois outra pessoa poderia estar a receber aquele apoio que este está a desperdiçar. É um ciclo vicioso. É a velha história de achar que estas pessoas precisam sempre mais do que duas oportunidades. Mas depois até eu duvido se este meu pensamento é realmente justo. Para eles e para os que não chegam a ter sequer duas oprtunidades.
Voltei a entrar numa fase em que não me consigo abstrair dos problemas dos outros. Não consigo, ainda, deixar estes problemas trancados no gabinete dentro de cada capa do seu processo.
Continuo neste dilema. Indignação vs pena.
Não sei se me leva a algum lado.
Não sei se faz de mim melhor ou pior pessoa.
Não sei.
 Procuro respostas.
Agora, neste momento, só me apetece fazer de avestruz durante uma horinha, enfiar a cabeça na areia e fazer de conta que não está nada a acontecer.
 Mas só uma horinha, porque eu sei que ainda há quem continue a contar comigo, a depender das minhas orientações, è espera de uma palavra amiga. Seja o que for.
Quero estar cá para eles. Quero acreditar que ainda vale a pena.
Eu trabalho com (e para) Seres Humanos.
Esta será sempre a máxima a não esquecer.

1 comentário:

  1. Susana, como tu mm dizes não somos todos iguais.Continua a ser a pessoa que és pois isso concerteza faz a diferença. Mas compreendo que custa ver determinadas atitudes e comportamentos.

    Pensa positivo: daqui a um mês por esta altura estamos no relax.

    Beijinhos

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